Sete anos, minha Mãe
Sete
anos, minha Mãe. Sete anos de noite e de sofrimento. A noite escura em que me
mergulhou uma manhã de domingo, sem estrelas, sem luar e sem rumo. Só ausência
e desnorte, nem o voo nervoso de uma andorinha, nem uma luzinha breve despontando
algures, a oriente. Só desânimo, um cansaço pesado nas pernas, uma dor aguda no
peito, esperança quase nenhuma.
De
verdade, nunca o pouco que temos é um excesso que nos fica. E, apesar desta dor
que me corrói, tantos caminhos percorri com a tua mão sensata indicando-me o
sentido, com o teu bom senso cintilando
como estrela da manhã, do lado de que nasce o sol, evitando tempestades,
sustendo ventos, acalmando vagas alterosas. Por isso é ainda mais longa a ausência
que me fica e mais persistente a dor que me deixa!
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