16 de novembro de 2022

José saramago, 100 anos

 

“Que fazemos, os que escrevemos? Nada mais que contar histórias. Contamos histórias os romancistas, contamos histórias os dramaturgos, contamos também histórias os poetas, contam-nas igualmente aqueles que não são, e não virão a ser nunca, poetas, dramaturgos ou romancistas. Mesmo o simples pensar e o simples falar quotidianos são já uma história. As palavras proferidas, e as apenas pensadas, desde que nos levantamos da cama, pela manhã, até que a ela regressamos, chegada a noite, sem esquecer as do sonho e as que o sonho tentarem descrever, constituem uma história com uma coerência interna própria, continua ou fragmentada, e poderão, como tal, em qualquer momento, ser organizadas e articuladas em história escrita.”

[Último caderno de Lanzarote]



Acrescento eu, como interpreto, por minha conta e risco:

Toda a literatura é feita de histórias, tenha a forma que tiver, romance, drama, poema. E todas as histórias são construídas pela articulação de palavras simples. As que usa Saramago ou as que usamos nós todos os dias.

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