5 de dezembro de 2003

Albert Camus

Desde os tempos em que era jovem – que ainda sou, embora menos! – que mantenho uma estranha e indefectível relação com tudo o que diga respeito a Camus, como se este fosse um mito. Falar disso é, naturalmente, falar de mim e invadir a minha privacidade, revelar algo do que mais me emociona. Não vou esquadrinhar aqui as pequenas e grandes razões porque isso acontece. Tanto mais que não seria capaz de as enumerar todas e, por isso, não valeria a pena fazê-lo.

Mas é-me particularmente grato chegar aqui hoje e deparar com este apontamento. Só isso justificaria que fosse diariamente regressando ao “blog”, como vai justificar. Ainda há dias atrás – a 19 de Novembro, precisamente – transcrevi neste modesto “blog” uma curta carta que no mesmo dia, em 1957, Albert Camus, acabado de ser galardoado com o Prémio Nobel, escreveu ao seu antigo professor primário. Uma preciosidade! Não precisava nem eu nem tão pouco o meu país que as personalidades com a projecção mediática mais sustentada que a dos concorrentes do Big Brother tivessem, por sistema e por conduta, tal e tamanha dose de humildade. Mas que tivessem ao menos alguma que pudesse dar-lhes os sinais particulares de pessoas normais.

Algum tempo antes, em mensagem dirigida ao Dr Pacheco Pereira – que pessoalmente não conheço e que, pela sua parte, estou certo disso, apenas me não conhece por falta de agenda! - no seguimento de alguma referência sua a Camus, dei o meu apoio – simples e naturalmente irrelevante! – para que fossem reeditados os Cadernos. Nem que fosse de novo pela editora Livros do Brasil, já responsável pela única edição que conheço, numa colecção de bolso do seu catálogo. De muitas, boas e saudosas memórias!

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