Galeria: o futuro presidente da república das bananas

O Dr A. João surge nesta imagem, obtida em plena zona de operações, como um imperador já coroado - não aquele que o Dr Gama em tempos sugeriu, quanto mais não fosse porque o Dr João, não sendo racista, orgulha-se de ser branco! - em pose de estado, qual Obélix a meio da digestão do último javali e do penúltimo garrafão de cinco litros.
O Dr João é um dos derradeiros resistentes do combate pela libertação da sua terra do jugo colonial. Já perdeu a conta aos anos que passaram, às espadeiradas que distribuiu, aos copos de poncha que patrioticamente teve de emborcar, aos carnavais em que desfilou atacando o bombo e aos discursos inflamados que teve de pronunciar no Chão da Lagoa. Homem de consensos consigo próprio, tem-se entendido às mil maravilhas com os tabus que vai construindo sobre o seu futuro e dos quais, antecipadamente, não dá conhecimento a ninguém. Nem ao seu amigo Jaime Ramos, tão pouco ao Dr Guilherme Silva, emigrado em Lisboa e submetido às mordomias de um cargo na assembleia dos deputados.
Democrata por excelência, tem permitido a presença em solo pátrio de um representante da potência colonizadora, a troco de viagens gratuitas a Lisboa e de uns dinheiritos que sempre vão dando jeito para distribuir uns bancos de madeira para idosos nos jardins da região. Tem suportado a infâmia de permitir que se passeiem em liberdade, pelas ruas íngremes do Funchal, jornalistas que disseram mal de si por não saberem o que dizem.
Ainda há semanas registou nova vitória no confronto com a Dra Manuela dos impostos quando se chegou a ela, bateu o pé, deu dois murros na mesa, ameaçou desatar a dizer asneiras, partir de regresso para o arquipélago e proclamar unilateralmente a República Democrática das Bananas se lhe não fosse autorizado mais um empréstimo.
Sem eleições, que não são precisas para nada, acabará por ser o heroi da independência e o seu presidente vitalício. A espaços irá tolerar as visitas do primeiro ministro de Portugal e do respectivo ministro da Defesa. Mas se o chatearem, sequestra-os! Há quem pense, maldosamente, que isso poderia ser já!
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