O presidente do Benfica não levou o viagra

Nas "roulottes" os vendedores de bifanas e de farturas agitaram-se. Chamaram as mulheres e mobilizaram os filhos para os ajudarem. Entre si comentaram que, afinal, o primeiro ministro tinha razão. A retoma económica aí estava, a dar razão ao governo, ao Dr Vitor Constâncio e, ainda mais importante, ao jornalista independente, Sr Luís Delgado. O Dr Vilarinho reclamou para si parte do mérito, fora a sua presidência a deixar os alicerces preparados. O Sr Camacho antecipou o regresso do fim de semana e pensou que, afinal, sempre lhe davam alguma coisa. Suspirou de alívio: três, em casa, do Sporting, nunca mais. Mentalmente esboçou uma prece: queira Deus o homem traga os músculos em condições. Que não venham já como bife batido, iguais aos dos outros.
Circunspecto, bigode revolto e vestindo à construtor civil, o presidente saiu do hotel onde, por mero acaso e à falta de vaga, se hospedavam o Ricardinho e o empresário. Foi assaltada pelo jornalistas, de espera montada à porta, como numa batida ao javali. Mas sem cães! Quiseram saber do negócio e a curiosidade incomodou o homem, com o Mercedes à espera, no parque privativo. Nem sabia quem era o tal de Ricardinho, muito menos o empresário. Se estavam no hotel, não sabia. Passara por lá sem programa, a beber um aperitivo para o almoço e a verter águas. Simplesmente! Que vissem bem, que mesmo ele nem lá entrara e quem saía nem sequer era ele também. Estava muito contente com o plantel que tem. E com o treinador e todos os sócios, incluindo o Dr Seara. Tudo corria pelo melhor, só taças dos campeões alinhavam-se duas, em lugar de honra, na sala de troféus. Claro que eram também mérito seu, até já era nascido e baptizado. Ainda não estava era rico e não tinha sido eleito presidente. O sorteio para a taça correra bem, nem lhes saíra o Gondomar.
Mais tarde o empresário foi também apertado pelos jornalistas, respondeu a perguntas. Parco de palavras e curto de gestos, aligeirando o sotaque. Confirmou o namoro, embora a custo. Lá acabou a confessar que não tinham passado dos preliminares. O presidente não levara o viagra no bolso. Não dera para mais!
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