É preciso mudar mentalidades e promover o trabalho parcial
O Dr Bagão é claramente um homem de convicções. Erradas, mas convicções. Não fossem elas erradas e, perdoem-nos os seus apóstolos, já ele teria deixado de frequentar o estádio da Luz, pagar as quotas e manter-se como sócio de pleno direito. Só alguém erradamente convicto continuará esperançado, ao fim de oito anos, que aquela equipa possa ganhar o campeonato, a taça de Portugal e a taça UEFA. Só alguém assim, elegendo presidentes à imagem do plantel, pode acreditar que o único reforço de que a equipa necessita seja, talvez, o Sr Camacho a jogar a defesa esquerdo. Para subir pelo seu corredor, até à linha de fundo e centrar para a área como muito gosta de dizer o Gabriel Alves, o José Hermano Saraiva do futebol.
Há dias manifestou o Dr Bagão, a par de uma inimaginável surpresa, uma outra convicção. Admirou-se que as mulheres pudessem continuar a ser discriminadas no trabalho por virtude do seu eventual estado de gravidez e da posterior licença de parto. Admite-se-lhe a surpresa! Quem não sabe como vai o Benfica, mesmo quando religiosamente marca presença nas assembleias gerais, pode até admirar-se pelo facto das mulheres que trabalham também engravidarem. Mas, mesmo com dificuldades e com muita falta de tempo, lá vão levando a curz ao calvário e, uma vez por outra, também engravidam. Conhecedor da situação, prometeu envidar esforços no sentido de a alterar e está no mercado. À procura de assessores, como o ministro da defesa.
Para já lançou o alargamento da licença de parto, alargando-o por mais duas semanas. Não está de acordo com isso o Sr. Van Zeller que é quem, apesar do apelido pouco português, sabe de mulheres grávidas, licenças de parto e indústria portuguesa. Reconhece que as mulheres são de facto discriminadas no trabalho onde são preteridas aos homens. Que, para já, ainda não engravidam, mesmo que já se possam casar por aí fora. Mas entende que o alargamento da licença de parto não resolve coisa nenhuma e, se não resolve, não deve ser levado por diante. Devem é mudar-se as mentalidades e promover o trabalho a tempo parcial, diz ele.
Mas as mentalidades já o Dr Bagão mudou, mesmo que tenha sido à força de decreto. Mais que o trabalho parcial, está promovido o desemprego, E, como se sabe, essa promoção vão continuar, sendo certo que o exercício dessa situação de há muito está sujeito às regras do tempo parcial e da precaridade.
Há dias manifestou o Dr Bagão, a par de uma inimaginável surpresa, uma outra convicção. Admirou-se que as mulheres pudessem continuar a ser discriminadas no trabalho por virtude do seu eventual estado de gravidez e da posterior licença de parto. Admite-se-lhe a surpresa! Quem não sabe como vai o Benfica, mesmo quando religiosamente marca presença nas assembleias gerais, pode até admirar-se pelo facto das mulheres que trabalham também engravidarem. Mas, mesmo com dificuldades e com muita falta de tempo, lá vão levando a curz ao calvário e, uma vez por outra, também engravidam. Conhecedor da situação, prometeu envidar esforços no sentido de a alterar e está no mercado. À procura de assessores, como o ministro da defesa.
Para já lançou o alargamento da licença de parto, alargando-o por mais duas semanas. Não está de acordo com isso o Sr. Van Zeller que é quem, apesar do apelido pouco português, sabe de mulheres grávidas, licenças de parto e indústria portuguesa. Reconhece que as mulheres são de facto discriminadas no trabalho onde são preteridas aos homens. Que, para já, ainda não engravidam, mesmo que já se possam casar por aí fora. Mas entende que o alargamento da licença de parto não resolve coisa nenhuma e, se não resolve, não deve ser levado por diante. Devem é mudar-se as mentalidades e promover o trabalho a tempo parcial, diz ele.
Mas as mentalidades já o Dr Bagão mudou, mesmo que tenha sido à força de decreto. Mais que o trabalho parcial, está promovido o desemprego, E, como se sabe, essa promoção vão continuar, sendo certo que o exercício dessa situação de há muito está sujeito às regras do tempo parcial e da precaridade.
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