25 de abril de 2004

Atento, venerando e obrigado

Em termos éticos é aquilo a que nos habituou, a cara está em perfeita consonância com a careta, sem o menor remorso ou a mais ligeira noção de pouca vergonha. Serve a afirmação, a um tempo, para o José Manuel Fernandes e para o canal que o ministro Sarmento disse ter atribuído à sociedade civil. Convidado, o rei dos hipermercados, Belmiro de Azevedo. Entrevistador, o director do Público. Patrão de um lado, aio do outro.

Mas é bonito de ver, neste dia 25 de Abril, o guerreiro corajoso que é JMF deixar a iniciativa à colega que o acompanha e manter-se sempre sorridente, com a boca aberta de admiração e de espanto, a contemplar o patrão que lhe paga. Conhece o dono, respeita-o, praticamente adora-o. Vulgarmente diz-se que o respeito é muito bonito!

Só se não percebe onde ficou o guerreiro decidido e implacável. Que longe, neste extremo ocidental da Europa, de esferográfica empunhada, sozinho como um Gary Cooper dos nossos dias, ameaça em cada editorial ir para a Afeganistão apanhar o Bin Laden à mão ou para o Iraque por termo à violência que persiste depois de Bush ter mandado terminar a guerra, há um ano atrás.

Anotem: atento, venerando e obrigado. José Manuel Fernandes assina por baixo. De cruz e sem hesitações.

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