Assim não dá!
Como é que um país onde se diz que um ministro do ambiente de um governo em funções de gestão nomeou o seu chefe de gabinete, Filipe Batista, para inspector-geral dois dias antes das eleições, pode ir para a frente? Como é que um país onde se diz que houve confusão de nomes e que afinal Filipe Batista foi nomeado pelo ministro seguinte que pertencia a outro clube de pesca pode de facto ir para a frente? Como é que um país onde se mantém Filipe Batista no cargo durante vários e diferentes desgovernos, incluindo aquele em que a sede do ministério se transfere para a Serra da Arrábida, pode ir para a frente? Como é que um tal país pode ir para a frente, crescer economicamente ao ritmo da cartilha do ministro sombra, conter a dívida pública a uma dimensão inferior à distância que nos separa da lua das coisas simples, controlar a inflação ao nível a que se situaram os aumentos da função pública decretados pela irmã do fanático do Sporting e cumprir com os limites do pacto de estabilidade e crescimento? Um país que tem um Filipe Batista? Não, assim não dá! Mande-se o homem à conservatória do registo civil. Ao menos que altere o apelido, porra! O problema do país, nitidamente, é ter um Filipe Batista!
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