A derrocada
Embora
retardado pelo esforço dos seus principais responsáveis, o euro caminha com
passos seguros e irreversíveis para a confirmação de que a sua criação não
passou de um artifício que possibilitou a subida generalizada dos preços e a
realização de lucros obscenos por parte dos que já eram obscenamente ricos.
A
derrocada da União Europeia virá de seguida porque de facto esta não existe e
nunca existiu, por mais que o eterno Dr. Soares continue a assegurar o
contrário. Ninguém acredita que uma manta composta por 27 retalhos, desde a
serapilheira ao veludo, possa dar uma colcha de renda feita à mão, que cubra
todos de igual forma.
Aquilo
a que chamam Europa, e que não é mais do que um continente velho e decrépito,
não é apenas dirigida por burocratas e amanuenses que, bem remunerados mas a
título precário, a senhora Merkel mantém nos seus escritórios de Bruxelas. Nem
tão pouco é dirigida por incompetentes ou desonestos. Pior do que isso é
dirigida por criminosos a que só falta o tratamento que a Islândia, que não
pertence à União Europeia e que não quererá pertencer, reservou aos seus
banqueiros e aos seus governantes: o julgamento e a condenação em juízo.
O
inacreditável vem de Chipre, com a desculpa de que é um pequeno país, remetido
apenas a metade de uma pequena ilha, por insanáveis problemas políticos.
Quando, genericamente, se propaga que todos os estados membros são credores dos
mesmos direitos, o que mais que utopia é simples embuste. Chipre, falido com
está a maioria dos países membros da União Europeia, não decidiu nada sozinho,
sem o beneplácito da patroa de Berlim. E acaba de decretar, pura e
simplesmente, o roubo direto e imediato de uma percentagem dos depósitos à
guarda dos seus bancos. E que, como em Portugal e noutros países, a ganância
dos seus banqueiros levou à falência. Evitada, como se sabe, à custa de
dinheiro emprestado a taxas especulativas e comprometendo, definitivamente, o
futuro dos nossos filhos e das gerações seguintes.
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