Casos de polícia
Não
vi nem ouvi José Sócrates, licenciado em engenharia a um domingo e recentemente
diplomado em filosofia na Place Pigalle. Como não vejo nem ouço Coelho, Portas,
Relvas, Gaspar, Álvaro, Silva e outros. Como não vejo nem ouço os diálogos
eruditos e escabrosos da casa dos segredos. Prefiro e opto sempre por fitas
muito mais “softcore” como o clássico Garganta Funda, por exemplo. De forma
que, felizmente, me não posso pronunciar sobre o que não vi e não ouvi. E que
nem quero ver nem ouvir.
Apenas
retenho, de relance, uma imagem do senhor Silva, equipado a rigor, arrumando
sardinhas numa lata de conserva. Num biscate que algum providencial amigo lhe
terá arranjado para complementar a pensão de reforma e ajudar às despesas,
quando acabar o contrato a prazo nos pasteis de Belém e deixar de se pronunciar
sobre a filosofia de Kant, com a autoridade de um doutorado por York, à porta
das fábricas de conservas de peixe.
Depois,
se virem bem, em qualquer país civilizado, incluindo a República Centro
Africana, tudo isto seriam simples casos de polícia... Quanto a Sócrates, só há
o saudoso que vai na imagem, um verdadeiro doutor... porque o outro já é antigo
demais.
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