Não faças da tua inteligência a ignorância dos outros
Não faças da tua
inteligência a ignorância dos outros.
Olha-te ao espelho
Põe-te de perfil
Admira a ilusória elegância da
tua silhueta
Ajeita os cabelos e o
sorriso
Mira-te nos olhos
Vê para além deles
E da dimensão da imagem
reflectida no cristal.
Vê tudo, até ao fundo de
quanto és
Vê os outros, para além da
névoa e do cisco no teu olho
Sente-os como deves sentir,
Como se o teu coração te
fosse além do olhar e das palavras
Esforça-te por entendê-los
Por dar-lhes a mesma medida
que queres para ti
Fá-los iguais, sem tirar nem
por.
Dá-lhes a mão sem que ela
queime
Descalça os saltos altos,
Desce ao nível do chão sobre que caminhamos
Desce ao nível do chão sobre que caminhamos
Cultiva o ritmo da poesia e
a humildade das papoilas.
Não chores as tuas lágrimas
em vão,
Chora-as também pelos outros,
Chora-as também pelos outros,
Derrama nelas o teu
desencanto
E as dores de quem sofre
para além de ti
E do espelho em que te reflectes,
frágil e efémera.
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