Abílio Curto… ou Comprido?
Ainda há dias foi formal e solenemente aberto o ano judicial. Como se se tratasse da abertura da época de caça, não fossem os altos responsáveis do sistema apresentarem-se ataviados como se cada um deles fosse o escanção de serviço ao beberete final. Todos produziram discurso e empertigaram o peito para as câmaras de televisão. O bastonário da Ordem dos Advogados disse que era preciso reformar e, por causa das dúvidas, desenvolveu conceitos breves e sintéticos. Não fosse aquela gente toda sair dali a pensar que reforma era a do Dr David Justino, não no papel de ministro mas de vereador da Câmara de Oeiras.
Reafirmou-se, solenemente e em posição de sentido, que a justiça funcionava. Coisa de que nunca ninguém duvidou e de que sempre toda a gente teve a certeza. Às vezes um pouco devagar por ficar à espera de fundos, e por isso mesmo também o bastonário reclamou mais dinheiro para ela. É que, na perspectiva dos arguidos, quanto mais dinheiro houver melhor ela funciona. Arrastando-se! Enquanto aos advogados for sobrando papel e ideias para mais um recurso, dois requerimentos e três bilhetes da Carris para juntar aos processos.
Ainda agora! Tanto tempo se passou já que Abílio Curto, ex-presidente socialista da Câmara da Guarda, passou a dar pelo nome de Abílio Comprido. Mas não cumprido, não haja equívocos! Vão completar-se seis anos que foi condenado a seis anos de prisão por crime de corrupção passiva. A que o povo, abreviada e ignorantemente, chama roubo e, ao que o pratica, simplesmente ladrão. Ele e o processo são o exemplo acabado de que a justiça funciona. Havendo dinheiro, foi havendo recursos. Passados seis anos um jornal titula em letras grandes: Abílio Curto - o bilhete de identidade mantém-se por actualizar! - na iminência de ser preso. Avisando-o, para que, via Madrid, parta ao encontro de Fátima Felgueiras, se esse for o seu desejo. Em Copacabana poderão partilhar o mesmo guarda-sol, contendo as despesas de exilados, guardando para o tira-gosto e a cerveja da tarde. Estúpidamente gelada, como aconselha Chico Buarque, que sabe da poda!
Reafirmou-se, solenemente e em posição de sentido, que a justiça funcionava. Coisa de que nunca ninguém duvidou e de que sempre toda a gente teve a certeza. Às vezes um pouco devagar por ficar à espera de fundos, e por isso mesmo também o bastonário reclamou mais dinheiro para ela. É que, na perspectiva dos arguidos, quanto mais dinheiro houver melhor ela funciona. Arrastando-se! Enquanto aos advogados for sobrando papel e ideias para mais um recurso, dois requerimentos e três bilhetes da Carris para juntar aos processos.
Ainda agora! Tanto tempo se passou já que Abílio Curto, ex-presidente socialista da Câmara da Guarda, passou a dar pelo nome de Abílio Comprido. Mas não cumprido, não haja equívocos! Vão completar-se seis anos que foi condenado a seis anos de prisão por crime de corrupção passiva. A que o povo, abreviada e ignorantemente, chama roubo e, ao que o pratica, simplesmente ladrão. Ele e o processo são o exemplo acabado de que a justiça funciona. Havendo dinheiro, foi havendo recursos. Passados seis anos um jornal titula em letras grandes: Abílio Curto - o bilhete de identidade mantém-se por actualizar! - na iminência de ser preso. Avisando-o, para que, via Madrid, parta ao encontro de Fátima Felgueiras, se esse for o seu desejo. Em Copacabana poderão partilhar o mesmo guarda-sol, contendo as despesas de exilados, guardando para o tira-gosto e a cerveja da tarde. Estúpidamente gelada, como aconselha Chico Buarque, que sabe da poda!
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