O Porto gemina-se com Abrantes: tudo como dantes!
O Porto, como fatalidade e para mal dos seus pecados, tem sido governado, a nível de município, por passantes que apenas vieram para ver a bola, provar as tão apregoadas tripas e atravessar o Douro para irem a uma das caves de Gaia comprar umas garrafas de vinho do Porto para levarem como recordação quando regressarem ao anonimato do lar. Têm chegado muitas vezes sem eles mesmos saberem como e depois partem da mesma maneira.
Depois de Abril de 1974, tanto quanto me recordo, creio que apenas o Dr Gomes, transferido de Vila do Conde, foi eleito para mais que um mandato porque, de facto, conseguiu cumprir um primeiro de forma discreta, sem se sentir tão à vontade que saltasse ele sozinho para o palco e, de forma arrogante, se marimbasse para a crítica e se assumisse como o dono do espectáculo. Além disso as pessoas ainda não sabiam da história do capachinho! Depois, para ser reeleito fez juras de amor à cidade e aos munícipes, prometeu mundos e fundos, disse que estaria presente até ao fim do mandato. Como se sabe, traiu! Procurou acumular cargos: de manhã no Porto, de tarde em Estrasburgo. E já agora proventos: para a época, um quinto em escudos, quatro quintos em francos franceses.
Não satisfeito, ou já habituado, traiu de novo e partiu para o Terreiro do Paço fardado de ministro. Por curto período mas, mesmo assim, tiveram os bombeiros que seguir-lhe os passos, a extinguirem os fogos. Não vingou pelo sul elitista e liberal e recolheu-se de novo a norte. Incompatibilizou-se com o seu delfim, tão amigos que eles eram. Voltou a ser candidato, depois de um negócio de arruaça para impedir que o seu ex-delfim pudesse ser candidato. Perdeu e apagou-se. Já ninguém o queria!
Hoje o Dr Rio faz um balanço dos seus primeiros dois anos de mandato. É um emigrante, regressado à terra para construir a melhor moradia da rua. Tem uma sensibilidade especial para criar conflitos e incompatibilidades e pensou que o problema da cidade eram os arrumadores que enchiam as ruas à procura da moeda. Lança um programa e um slogan: "não dê que nós damos por si". Mas dão o quê? A Câmara está falida, o crescimento das suas receitas é idêntico ao do orçamento de estado: negativo. Aborda a reabilitação da baixa, quando as ruas da cidade estão cheias de edifícios abandonados e em ruínas. Começa ao menos como se tenta começar tudo no país, senão pelo fim, ao menos pelo meio. Criando sociedades e nomeando-lhes administradores. Os projectos virão depois e a via encontrada não é novidade. Estamos habituados a ela, a todos os níveis, do governo à junta de freguesia. A baixa do Porto não se repovoa por decreto. Tão pouco é por postura municipal que se trava o envelhecimento da população e das estruturas existentes. Não há exilados de guerra, em Matosinhos, que aguardem pelos acordos de paz entre o Dr Rio e o Sr Pinto da Costa para regressaram a Miragaia.
O Dr Gomes, naturalmente, critica. Foi o Dr Rio o responsável pela sua humilhação na noite das eleições. Não salienta o que de positivo ele próprio legou à cidade, a não ser a classificação do centro histórico como património mundial. Ponto final, porque quanto a consequências e resultados estamos conversados. Neste mandato e nos precedentes. Salienta que este alimentou a animosidade com instituições citadinas, sem ter a coragem de lhes referir o nome. Andou sempre à babugem e continua. Depreende-se que queira referir-se ao F. C. do Porto e à Casa da Música. Sendo que esta, pasme-se, é a obra emblemática do Porto 2001, capital europeia da cultura. Que, se Deus quiser, há-de ficar pronta em 2004. E resolver definitivamente o problema da habitação que, diz o vereador Rui Sá, é o principal problema da cidade!
Depois de Abril de 1974, tanto quanto me recordo, creio que apenas o Dr Gomes, transferido de Vila do Conde, foi eleito para mais que um mandato porque, de facto, conseguiu cumprir um primeiro de forma discreta, sem se sentir tão à vontade que saltasse ele sozinho para o palco e, de forma arrogante, se marimbasse para a crítica e se assumisse como o dono do espectáculo. Além disso as pessoas ainda não sabiam da história do capachinho! Depois, para ser reeleito fez juras de amor à cidade e aos munícipes, prometeu mundos e fundos, disse que estaria presente até ao fim do mandato. Como se sabe, traiu! Procurou acumular cargos: de manhã no Porto, de tarde em Estrasburgo. E já agora proventos: para a época, um quinto em escudos, quatro quintos em francos franceses.
Não satisfeito, ou já habituado, traiu de novo e partiu para o Terreiro do Paço fardado de ministro. Por curto período mas, mesmo assim, tiveram os bombeiros que seguir-lhe os passos, a extinguirem os fogos. Não vingou pelo sul elitista e liberal e recolheu-se de novo a norte. Incompatibilizou-se com o seu delfim, tão amigos que eles eram. Voltou a ser candidato, depois de um negócio de arruaça para impedir que o seu ex-delfim pudesse ser candidato. Perdeu e apagou-se. Já ninguém o queria!
Hoje o Dr Rio faz um balanço dos seus primeiros dois anos de mandato. É um emigrante, regressado à terra para construir a melhor moradia da rua. Tem uma sensibilidade especial para criar conflitos e incompatibilidades e pensou que o problema da cidade eram os arrumadores que enchiam as ruas à procura da moeda. Lança um programa e um slogan: "não dê que nós damos por si". Mas dão o quê? A Câmara está falida, o crescimento das suas receitas é idêntico ao do orçamento de estado: negativo. Aborda a reabilitação da baixa, quando as ruas da cidade estão cheias de edifícios abandonados e em ruínas. Começa ao menos como se tenta começar tudo no país, senão pelo fim, ao menos pelo meio. Criando sociedades e nomeando-lhes administradores. Os projectos virão depois e a via encontrada não é novidade. Estamos habituados a ela, a todos os níveis, do governo à junta de freguesia. A baixa do Porto não se repovoa por decreto. Tão pouco é por postura municipal que se trava o envelhecimento da população e das estruturas existentes. Não há exilados de guerra, em Matosinhos, que aguardem pelos acordos de paz entre o Dr Rio e o Sr Pinto da Costa para regressaram a Miragaia.
O Dr Gomes, naturalmente, critica. Foi o Dr Rio o responsável pela sua humilhação na noite das eleições. Não salienta o que de positivo ele próprio legou à cidade, a não ser a classificação do centro histórico como património mundial. Ponto final, porque quanto a consequências e resultados estamos conversados. Neste mandato e nos precedentes. Salienta que este alimentou a animosidade com instituições citadinas, sem ter a coragem de lhes referir o nome. Andou sempre à babugem e continua. Depreende-se que queira referir-se ao F. C. do Porto e à Casa da Música. Sendo que esta, pasme-se, é a obra emblemática do Porto 2001, capital europeia da cultura. Que, se Deus quiser, há-de ficar pronta em 2004. E resolver definitivamente o problema da habitação que, diz o vereador Rui Sá, é o principal problema da cidade!
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