Porque é que os governantes tornam as coisas mais difíceis?
Tornar as coisas simples, responder direito às perguntas, não esconder na manga verdades de La Palisse é connosco, eleitores gratuitos, sem inscrição em nenhuma lista de candidatos a empregos, com um cartão do presidente da concelhia no bolso. Para quem tem responsabilidades políticas é tudo mais complicado e, se assim não fosse, não teria graça nenhuma. Aquilo é tudo gente a quem, ao fim do dia de trabalho, os miolos fumegam!
Cremos que ainda ontem ouvíamos lamentar-se alguém de Niza, Portalegre, Alto Alentejo. E logo nos soou aos ouvidos a voz poderosa, clara e emotiva de João Villaret a dizer a Toada de Portalegre como só ele sabia, a transmitir-nos a revolta que de facto algumas coisas às vezes merecem. A população envelhecida é de cerca de oito mil almas que dispõe apenas de três médicos para acorrer a todas as freguesias do concelho. Há mais uns estagiários que ninguém sabe se acederão a ficar depois de terminado o estágio e toda a gente se fica na expectativa, aguardando. Que decisão seria simples e linear? Logicamente arranjar mais alguns médicos. Que faz o ministro da saúde? Manda operar pessoas nos hospitais que o Sr José de Mello explora e que são nossos na maioria dos casos.
Coisa idêntica se passa com o tabaco que, segundo o Dr Pádua, faz mal à saúde, pode estar na origem do cancro do pulmão, seguramente mata. Haja Deus que o governo, se calhar num qualquer noticiário da TSF, também já ouviu o Dr Pádua. Vai daí mandou escrever em todos os maços de cigarros disparates como "o tabaco mata", aumentou os impostos, concedeu novas licenças de importação e deixa que o contrabando campeie e seja rentável. Quer dizer, o estado sabe que o tabaco mata, contrariado avisa o incauto fumador que isso acontece e depois enriquece - no caso português para depois esbanjar - à custa de quem deixa impunemente matar. A tabaqueira, naturalmente, fomenta o cultivo e faz adiantamentos aos produtores por conta da próxima safra. Nós, simplórios, se calhar ainda tínhamos a tentação de ilegalizar a produção e a transformação do tabaco!
Com os acidentes de viação e as muitas mortes que causam passa-se a mesmíssima coisa. Orgulhoso por ainda não sentir que o Dr Barroso também já é o ministro da administração interna, o Dr Figueiredo Lopes encomendou e vai mandar instalar não sei quantos radares digitais. Para vigiar os excessos de velocidade e puni-los severamente com multas, apreensões de cartas e processos crime. Se bem que o meio mais eficaz no combate aos excessos de velocidade seja indiscutivelmente as multas. Pelo menos é o que dá mais dinheiro. Provavelmente nós, humildes e curtos de inteligência, apesar dos cursos e das universidades, seríamos tentados a transformar as auto-estradas em campos de nabos - como se houvesse falta deles! - e a impôr aos fabricantes de automóveis instrumentos de limitação à velocidade dos veículos.
Ao menos o governo acerta na medida que agora anuncia de proibir que se fume nos locais de trabalho. De facto, depois de longas, inúteis e infrutíferas negociações acaba por ceder perante as centrais sindicais e acordar na redução do número de horas de trabalho semanal. Consoante o número de cigarros que se fumam assim também, proporcionalmente, a redução das horas de trabalho. Quase, por nós, lastimamos ter deixado de fumar. Continuaremos forçados ao cumprimento das quarenta horas até ao início da noite de sexta-feira. Mas se ainda fumássemos sessenta cigarros por dia...
Já não achamos certo que se proiba o consumo de álcool nas áreas de serviço porque isso contraria o slogan que todos temos subconscientemente gravado no cérebro: se conduzir, não beba. E se a gente entra nas áreas de serviço para meter gasolina, verificar o nível de água do circuito de refrigeração e verter águas também podia muito bem virar duas cervejolas. Enquanto não estamos a conduzir. Se proibirem a sua venda, lá teremos que as levar de casa!
Cremos que ainda ontem ouvíamos lamentar-se alguém de Niza, Portalegre, Alto Alentejo. E logo nos soou aos ouvidos a voz poderosa, clara e emotiva de João Villaret a dizer a Toada de Portalegre como só ele sabia, a transmitir-nos a revolta que de facto algumas coisas às vezes merecem. A população envelhecida é de cerca de oito mil almas que dispõe apenas de três médicos para acorrer a todas as freguesias do concelho. Há mais uns estagiários que ninguém sabe se acederão a ficar depois de terminado o estágio e toda a gente se fica na expectativa, aguardando. Que decisão seria simples e linear? Logicamente arranjar mais alguns médicos. Que faz o ministro da saúde? Manda operar pessoas nos hospitais que o Sr José de Mello explora e que são nossos na maioria dos casos.
Coisa idêntica se passa com o tabaco que, segundo o Dr Pádua, faz mal à saúde, pode estar na origem do cancro do pulmão, seguramente mata. Haja Deus que o governo, se calhar num qualquer noticiário da TSF, também já ouviu o Dr Pádua. Vai daí mandou escrever em todos os maços de cigarros disparates como "o tabaco mata", aumentou os impostos, concedeu novas licenças de importação e deixa que o contrabando campeie e seja rentável. Quer dizer, o estado sabe que o tabaco mata, contrariado avisa o incauto fumador que isso acontece e depois enriquece - no caso português para depois esbanjar - à custa de quem deixa impunemente matar. A tabaqueira, naturalmente, fomenta o cultivo e faz adiantamentos aos produtores por conta da próxima safra. Nós, simplórios, se calhar ainda tínhamos a tentação de ilegalizar a produção e a transformação do tabaco!
Com os acidentes de viação e as muitas mortes que causam passa-se a mesmíssima coisa. Orgulhoso por ainda não sentir que o Dr Barroso também já é o ministro da administração interna, o Dr Figueiredo Lopes encomendou e vai mandar instalar não sei quantos radares digitais. Para vigiar os excessos de velocidade e puni-los severamente com multas, apreensões de cartas e processos crime. Se bem que o meio mais eficaz no combate aos excessos de velocidade seja indiscutivelmente as multas. Pelo menos é o que dá mais dinheiro. Provavelmente nós, humildes e curtos de inteligência, apesar dos cursos e das universidades, seríamos tentados a transformar as auto-estradas em campos de nabos - como se houvesse falta deles! - e a impôr aos fabricantes de automóveis instrumentos de limitação à velocidade dos veículos.
Ao menos o governo acerta na medida que agora anuncia de proibir que se fume nos locais de trabalho. De facto, depois de longas, inúteis e infrutíferas negociações acaba por ceder perante as centrais sindicais e acordar na redução do número de horas de trabalho semanal. Consoante o número de cigarros que se fumam assim também, proporcionalmente, a redução das horas de trabalho. Quase, por nós, lastimamos ter deixado de fumar. Continuaremos forçados ao cumprimento das quarenta horas até ao início da noite de sexta-feira. Mas se ainda fumássemos sessenta cigarros por dia...
Já não achamos certo que se proiba o consumo de álcool nas áreas de serviço porque isso contraria o slogan que todos temos subconscientemente gravado no cérebro: se conduzir, não beba. E se a gente entra nas áreas de serviço para meter gasolina, verificar o nível de água do circuito de refrigeração e verter águas também podia muito bem virar duas cervejolas. Enquanto não estamos a conduzir. Se proibirem a sua venda, lá teremos que as levar de casa!
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