A gestão empresarial por objectivos
Um dos chavões repetitivos e inconsequentes dos denominados gestores é falar em gestão por objectivos. Que regra geral ninguém define prévia, nem sequer atempadamente. E que, depois, ninguém ousa controlar, não vá o diabo tecê-las. Como se sabe os ambientes de confusão e descontrolo favorecem sempre quem age de má fé. A ilação aplica-se com propriedade aos chamados gestores públicos que, mais do que gestores, são desempregados da política. As empresas públicas são prateleiras douradas onde os políticos corridos dos corredores do poder se mantêm em situação de pré-reforma ou beneficiam de um confortável subsídio de desemprego acrescido de múltiplas benesses.
São invariavelmente amigos e correligionários do ministro que exerce a tutela ou, se a influência deste for reduzida, são indigitados por aquilo a que pomposamente chamam a máquina partidária. Têm, via de regra, que garantir que o ordenado lhes é creditado na conta bancária que indicaram, que manusear três cartões de crédito cujas contas são pagas pela empresa e que utilizar durante 24 horas por dia, todos os dias do ano, um automóvel topo de gama que, ao fim de três anos, adquirem por um irrisório valor residual previamente acordado com uma qualquer empresa de locação de que um também qualquer amigo é administrador.
Actualmente levam na manga a tarefa de preparar as empresas, de capitais inteiramente públicos - que eufemisticamente quer dizer nossos! - para a privatização. Ou seja, para trocar a patacos numa negociata feita de preferência por acerto directo em que se possam arrecadar uns cobres para acautelar a reforma. Porque a segurança social é aquilo que todos sabemos e que o ministro Bagão tem feito dela. Foi por esta via que o Sr Mello assegurou o controlo das auto-estradas, onde somos cada vez mais roubados a pretexto da retoma económica, e a família Espírito Santo põe e dispõe na Portugal Telecom, publicando anúncios de página inteira a dizer que ao domingo é a PT que paga. Quando, como se sabe, quem pagou antecipadamente, há cinco anos atrás, foram os vilipendiados e indefesos consumidores a que abusivamente agora chamam clientes.
Quando, sem precisar de perceber nada do negócio, se desmantelou a empresa, se despediu a maioria do pessoal e se fraccionou a actividade pelo círculo de amigos, anuncia-se numa entrevista que a empresa está pronta para a privatização. O que, sem mais, quer exactamente dizer que está pronta para o enterro e que pode ser alienada por dez réis de mel coado porque os prejuízos acumulados já são incomportáveis.
A título de aumentar a produtividade regateiam-se os aumentos salariais, no caso de pura e simplesmente se não poderem impedir, como fez a ministra Ferreira Leite. Publica-se uma lei a aumentar o número de dias de férias e não se define, por premeditação, quando é que surtirá efeitos. Para que, cobertos de razão, os ministros e os empresários possam divergir e o povoléu achar mesmo que estão zangados uns com os outros. No fim, não estão. Os empresários de hoje são os ministros de ontem e os ministros de hoje são os competentes gestores de amanhã. Come tudo da mesma panela, à conta do Zé!
São invariavelmente amigos e correligionários do ministro que exerce a tutela ou, se a influência deste for reduzida, são indigitados por aquilo a que pomposamente chamam a máquina partidária. Têm, via de regra, que garantir que o ordenado lhes é creditado na conta bancária que indicaram, que manusear três cartões de crédito cujas contas são pagas pela empresa e que utilizar durante 24 horas por dia, todos os dias do ano, um automóvel topo de gama que, ao fim de três anos, adquirem por um irrisório valor residual previamente acordado com uma qualquer empresa de locação de que um também qualquer amigo é administrador.
Actualmente levam na manga a tarefa de preparar as empresas, de capitais inteiramente públicos - que eufemisticamente quer dizer nossos! - para a privatização. Ou seja, para trocar a patacos numa negociata feita de preferência por acerto directo em que se possam arrecadar uns cobres para acautelar a reforma. Porque a segurança social é aquilo que todos sabemos e que o ministro Bagão tem feito dela. Foi por esta via que o Sr Mello assegurou o controlo das auto-estradas, onde somos cada vez mais roubados a pretexto da retoma económica, e a família Espírito Santo põe e dispõe na Portugal Telecom, publicando anúncios de página inteira a dizer que ao domingo é a PT que paga. Quando, como se sabe, quem pagou antecipadamente, há cinco anos atrás, foram os vilipendiados e indefesos consumidores a que abusivamente agora chamam clientes.
Quando, sem precisar de perceber nada do negócio, se desmantelou a empresa, se despediu a maioria do pessoal e se fraccionou a actividade pelo círculo de amigos, anuncia-se numa entrevista que a empresa está pronta para a privatização. O que, sem mais, quer exactamente dizer que está pronta para o enterro e que pode ser alienada por dez réis de mel coado porque os prejuízos acumulados já são incomportáveis.
A título de aumentar a produtividade regateiam-se os aumentos salariais, no caso de pura e simplesmente se não poderem impedir, como fez a ministra Ferreira Leite. Publica-se uma lei a aumentar o número de dias de férias e não se define, por premeditação, quando é que surtirá efeitos. Para que, cobertos de razão, os ministros e os empresários possam divergir e o povoléu achar mesmo que estão zangados uns com os outros. No fim, não estão. Os empresários de hoje são os ministros de ontem e os ministros de hoje são os competentes gestores de amanhã. Come tudo da mesma panela, à conta do Zé!
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial