15 de novembro de 2004

Funeral do sacrifício

O Dr Lopes, com a intuição política que o Sporting ainda hoje lhe agradece e a autoridade que Marques Mendes lhe não quis reconhecer de mão beijada, anunciou em Barcelos que não iria exigir mais sacrifícios aos portugueses. Estando estes ausentes da cidade e do recinto do congresso, foram os presentes a aplaudir para de seguida se colocarem na fila para a recepção de mordomias, as viagens de estudo e a reclamação de empregos.

Tal decisão política, do maior alcance social e benefício do senhor José de Mello, fica a dever-se ao faro do PM - salvo seja! - e à retoma económica, repetidamente anunciada algumas trinta e cinco vezes desde que José Barroso - também conhecido por Durão Barroso - prescindiu dos relevantes serviços de assessoria do bruxo Zandinga.

Mas desta vez é mais a sério do que das outras: o desemprego subiu! Situando-se em 6,5% em Dezembro de 2003, era de 6,4 em Março deste ano, caiu ligeiramente para 6,3 em Junho e recuperou vigorosamente para 6,8 em Setembro. O INE deve, naturalmente, passar para a tutela do ministro Sarmento, vice-presidente do partido e estratega mor da central de informações. O orçamento vai ser aprovado, o ministro da defesa emagrece por questões de imagem, o país está salvo. Pode o Sr Eça descansar em paz: isto não é nenhuma Campanha Alegre!

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