Mórbido
Não fosse mórbido e a palhaçada passaria despercebida, mesmo apesar dos excessos. Mas esta manhã, iniciada pela madrugada, confirma uma de duas coisas. Ou estão certos os donos das televisões ditas privadas porque realmente se comportam em relação ao obscurantismo como se comporta a sua parceira cognominada de pública e devem ser-lhes pagos os proveitos que reclamam. Ou, inversamente, não basta demitir o director de informação da televisão alcunhada de pública. É preciso ir mais além e demitir toda a direcção, toda a administração, a tutela política e o governo inteiro. Poupem apenas o ministro-adjunto do primeiro-ministro, com estatuto de inimputável e beneficiando de imunidade como aquele brilhante deputado de Águeda, que sabe pedalar e equilibrar-se em cima da bicicleta.
O caso Casa Pia está de volta, com o início do julgamento marcado para esta manhã. Pouco importam as pessoas que vieram de longe, por doentia curiosidade e por evidente falta de ocupação prestável e útil. Ou as que chegaram ainda de mais longe adorando arguidos como se adorassem vacas sagradas nas lamacentas margens do rio Ganges. Não conta sequer a qualidade dos repórteres de rua que a apelidada comunicação social destacou para não se sabe que serviço informativo. Desde o português horroroso, aos incontinentes "hum…hum" que são a imagem de marca do presidente do glorioso. Até à imbecilidade vazia e inútil das perguntas como aquela dirigida a um dos juízes: "que expectativas tem para este julgamento?".
O homem, que no arrazoado do repórter era "juiz-asa", não se sabendo se atacava pela esquerda como o António Simões, ou pela direita como o José Augusto, não respondeu e foi forçando caminho como quem, nos velhos tempos e em noite de S. João, procurava ir da Praça da Batalha às Fontaínhas apenas para comer duas sardinhas e um pimento. Mas via-se-lhe perfeitamente na expressão confiante que, à semelhança de Victor Fernandez, esperava ganhar o jogo por larga margem e passar à fase seguinte da competição. Como se fosse o Chelsea ou o Futebol Clube do Porto!
O caso Casa Pia está de volta, com o início do julgamento marcado para esta manhã. Pouco importam as pessoas que vieram de longe, por doentia curiosidade e por evidente falta de ocupação prestável e útil. Ou as que chegaram ainda de mais longe adorando arguidos como se adorassem vacas sagradas nas lamacentas margens do rio Ganges. Não conta sequer a qualidade dos repórteres de rua que a apelidada comunicação social destacou para não se sabe que serviço informativo. Desde o português horroroso, aos incontinentes "hum…hum" que são a imagem de marca do presidente do glorioso. Até à imbecilidade vazia e inútil das perguntas como aquela dirigida a um dos juízes: "que expectativas tem para este julgamento?".
O homem, que no arrazoado do repórter era "juiz-asa", não se sabendo se atacava pela esquerda como o António Simões, ou pela direita como o José Augusto, não respondeu e foi forçando caminho como quem, nos velhos tempos e em noite de S. João, procurava ir da Praça da Batalha às Fontaínhas apenas para comer duas sardinhas e um pimento. Mas via-se-lhe perfeitamente na expressão confiante que, à semelhança de Victor Fernandez, esperava ganhar o jogo por larga margem e passar à fase seguinte da competição. Como se fosse o Chelsea ou o Futebol Clube do Porto!
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