22 de novembro de 2004

Mude-se o nome

Manhã de segunda-feira, mesmo antes do início sacrificado de nova semana, passo por aqui. Aliás, como sempre faço. E sou remetido, por atalhos e caminhos de montanha, até aqui. É óbvio que se me altera a disposição, sinto melhorar-me a componente moral e, como tanto e tão insistentemente quer o primeiro-ministro do momento, sobe-me vertiginosamente o astral. O meu dia vai ser melhor, a produtividade aumentará, o país começará a deixar a cauda de tudo, ao encontro da Europa e do super comissário Barroso. Posso dispensar a consulta com a vidente Maya, transportada no seu corcel de 300 cavalos, nascido e criado nas coudelarias da Mercedes Benz.

Isto dá-me ânimo, vou escrever àquele rapaz que é chefe do grupo parlamentar do CDS, de aspecto tão bem educado que de certeza é contra o aborto e o sexo antes do casamento. E pedir-lhe que, depois das suas orações matinais, pense no assunto e faça o requerimento para que se ponha fim a este desaforo. Então algum cristão convicto, algum católico praticante, poderá ter averbada no bilhete de identidade esta morada, poderá baptizar os filhos nesta terra ou dizer seja a quem for, seja onde for: faz favor de ficar com o meu cartão de visita?


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