11 de dezembro de 2004

Alentejo

Não há nada como a planície vergastada pelo sol já maduro de Setembro. Como a sombra heróica do chaparro perdido na paisagem, confundindo-se com a linha do horizonte. Semeado com a mesma rara frequência com que o ministro das finanças nos reduz as taxas do IRS e o governo decreta a convergência das pensões de miséria com o salário mínimo que prolonga a agonia. Sem opção pela eutanásia e com a garantia da morte lenta, código postal em Grândola, vila morena.

Nada como isso para ter outro horizonte visual que não seja das traseiras de Camões contemplar, a menos de 50 metros, velhos prédios em ruínas da Rua do Almada. Para ter outras ideias, mais originais e mais soltas. Largas, escorreitas e arrumadas. Não deixa, apesar disso, de ficar longe a convenção do cozido alentejano, a pinga em cujo fabrico o Dr. Roquete mantém a uva e um qualquer doce regional para ajudar à subida da glicemia. Mas prometo que fica para a próxima. A menos que tenha que pirar-me antes, fugindo a esta embasbacada vereação e ao governo que para aí promete vir. Com a Margarida Rebelo Pinto na pasta da kultura!

3 Comentários:

Às 5:15 da tarde , Blogger Bino disse...

Quero agradecer o link para o meu modesto blog. Gostaria, no entanto, de salientar que sou um blogueiro português, que sempre viveu em Portugal e nada tenho a ver com Samba. Na realidade sou mais Xutos e Pontapés, Abrunhosa, etc. Um braço.

 
Às 6:40 da tarde , Blogger LFV disse...

Caro Binoc,
Já tinha dado pelo lapso, de que peço desculpa. Corrigirei a situação, naturalmente. Quanto ao Francisco! Graças ao contacto, lá fomos ao cimbalino eu e o Carlos. Vanglorio-me de, pessoalmente, já conhecer um. Hei-de naturalmente conhecer mais. Um abraço.

 
Às 5:10 da tarde , Blogger Carlos Araújo Alves disse...

O tempo foi curto, mas valeu bem a pena.
Pena é essa "teimosia" em não vir à Convenção da Paparoca...
Abraço

 

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