6 de maio de 2012

Dia da Mãe



Mãe é uma palavra curta, de apenas três letras. Tão doce como o mel de rosmaninho, tão suave como o perfume de alfazema. Uma palavra mágica, capaz de abrir portas, vencer dificuldades, dar ânimo, incutir coragem. Mãe é condição, é estatuto, é bom senso. Mãe é realização, é presença, é aconchego nas noites longas de inverno. Mãe não cabe num dia do ano, mesmo que seja maio, mesmo que seja domingo.

Mãe não cabe em todos os dias do ano, em todas as horas dos meus dias de saudade e de amargura. Mãe é grande demais para ser descrita com todas as palavras que a vida me ensinou, para caber nos dicionários que enchem as estantes das bibliotecas. Mãe é sorriso de Gioconda, enigmático e diferente., complacente, cúmplice, brilhante como noite de lua cheia.

Mãe é esta dor que carrego hoje mais do que todos os dias, num choro sofrido de ausência, num sentimento de orfandade mais sentido a cada momento que passa. É este desejo de mergulhar na distância vazia que nos separa e ficar tempos infinitos olhando uma pedra de granito sobre a qual uma placa simples te recorda, com um nome e um sorriso puro como o das crianças.

Mãe é esta felicidade que hoje me falta, de poder apertar-te nos meus braços, de poder encher-me de lágrimas na fragilidade dos teus ombros, no sorriso aberto da tua face magra, no encovado dos teus olhos cansados de anos e canseiras, na simplicidade com que me afagavas os cabelos e me olhavas na profundidade de um olhar enxuto e verde de esperança. Mãe é a felicidade de quem a tem e a celebra com uma rosa única, fresca como o orvalho da manhã, perfumada como a dimensão enorme do infinito que a produz.

Mãe!

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