23 de fevereiro de 2013

O “erro” que se adivinhava


Como se sabe o senhor Silva não é uma inteligência brilhante. Mas é uma esperteza saloia. E isso sabe-se também desde que, para fazer a rodagem a um automóvel novo, escolheu o percurso de Boliqueime à Figueira da Foz, que era o que ficava mais à mão e que ele conhecia como as palmas das mãos, desde os tempos de escola. E sabe-se que regressou, assobiando o tia anica de loulé, investido nas funções de régulo por mais de 10 anos e palhaço para subir a coqueiros e ignorar barreiras para a vida toda, sem nenhumas dúvidas e com muito raros enganos.

Na lista de honra dos seus amigos, afilhados, compadres e protegidos está a nata da alta finança, do empreendedorismo (seja lá isso aquilo que for) e do banditismo nacional. O homem, que tem com a língua pátria a mesma relação afectiva que tem com uma fatia de bolo-rei, descobriu agora, no morno remanso de um serão para que todos contribuímos, como se ele fora mais do que o rei de Espanha, a sua preclara vocação para a linguística e certamente para o estudo do professor Lindley Cintra. E tanto assim que consuma um golpe de estado de sacristia, pela simples troca de uma vogal, pela qual terá sido responsável o descuido da Imprensa Nacional e a miopia de um revisor de provas.

Sendo que, todavia e racionalmente, não recolhe da serôdia vocação mais do que a esperteza saloia que já exibia na insuficiência da pensão de reforma que lhe atribuíram para pagamento das despesas da barraca da aldeia da Coelha.  Mas os titulares dos orgãos de soberania do país não são flor que se cheire. Sabe-se que não são competentes e que não têm vergonha, atributos corriqueiros. Seria demasiado esperar que fossem mais honestos do que Duarte Lima ou Dias Loureiro, dois dos afilhados predilectos do incrível senhor Silva. Que acaba, literalmente, de tirar mais um coelho da cartola. O morcão!

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