28 de julho de 2013

À espera do Celta de Vigo

À medida que a turba se adensava, adensavam-se os meus receios. Tenho ideias há muitos anos, mas nunca gostei de confusões, acagaço-me como qualquer bom patriota que tenha cu e procure cargo. Mas esta tarde, com a sensatez do descanso dominical e a força do sol rompendo por entre nuvens, quase todas brancas, aventurei-me.

O ajuntamento fez-me crer que seria este o dia e, às seis da tarde, já se deveriam contar mais peões do que castelhanos alinhados para o desastre de Aljubarrota. Seria certamente uma nova restauração, com um irrevogável vice-ministro a atirar o galego pela escotilha. Uma marcha para a reconquista de Olivença, a expulsão da troika a pontapé, o resgate do país das mãos de rapina dos políticos do quintal.



Afinal, nada disso! Como antigamente, beber vinho dá de comer a milhões de portugueses e emborcar bjecas em série faz o senhor Pires de Lima chegar a ministro. Da mesma forma que o fado e o futebol é que “inducam”, enquanto mantiverem a batuta na mão ágil do rombo ministro casto, ou cato, ou crato ou  lá o que é. Mas, afinal, só se esperava pelos vizinhos de Vigo para uma jogatana. Começou cedo e foi engrossando a romaria!

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