Notícias frescas da crise
Fresquinhas,
divulgadas hoje. A primeira! Os lucros das seguradoras triplicaram no primeiro
semestre do ano, apesar do recuo verificado no ramo automóvel. O crescimento,
segundo informam, está diretamente relacionado com os seguros feitos para
substituição das pensões de reforma que têm sido fortemente atingidas pela
troika e pelo governo que tem às suas ordens. Portanto, as seguradoras não se
podem queixar da crise. Pelo contrário...
A
segunda! Os bancos, a taxas de juro especulativas, estão a emprestar dinheiro
para pagamento de arrendamentos. O que significa, linearmente, que estão a
emprestar dinheiro que sabem não lhes poder ser pago. Esta situação foi o
fulcro da chamada crise, com a banca a emprestar dinheiro a pessoas que sabia
que não poderiam pagar-lhe. Andamos nós a pagar isso tudo, e mais. Agora a
banca, com o nosso dinheiro, quer vencer a crise utilizando os mesmos meios que
a criaram. Só Freud poderá explicá-lo, nem Cavaco lá chega...
O
Estado! Bastam estes dois pontos para evidenciar a inexistência do Estado como
entidade destinada a gerir os negócios públicos no interesse de todos os
cidadãos. E os cidadãos são o senhor Ricardo Salgado, mais a sua cadeira no
Banco Espírito Santo, mais a sua mansão na Boca do Inferno, mais as
brincadeiras aos pobrezinhos na Comporta e o Jaquim Bexigas, um sem abrigo que
se embrulha no relento da noite e se agasalha num portal esconso do Teatro
Nacional de São João.
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