30 de janeiro de 2016

Estradas de vento

Estradas de vento pousando na tranquilidade das savanas de África, quando a tarde morna te amanhece nos cabelos, o indicador direito moldando um caracol que te pinta um sorriso tímido na face. E te desenha um olhar terno ao fundo do horizonte, como se o sol fosse devagarinho morrer a oriente, de onde vem a esperança verde de todos os sonhos que crescem na planície e enchem os leitos dos rios que se precipitam das montanhas.


A noite farta e transbordante de lua cheia, grávida de uma luz brilhante num qualquer azimute oculto para além das nuvens densas, ameaçando desfazer-se em constelações, as estrelas geometricamente ocupando o lugar que lhes pertence. Cassiopeia, ursa menor, estrela polar, o norte magnético logo ali à mão de semear, as bússolas convergindo todas para além do círculo polar árctico, um arco-íris, a aurora boreal, o dia estendendo-se pela madrugada, a tua silhueta no meu caminho.

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