Estradas de vento
Estradas de vento pousando
na tranquilidade das savanas de África, quando a tarde morna te amanhece nos
cabelos, o indicador direito moldando um caracol que te pinta um sorriso tímido
na face. E te desenha um olhar terno ao fundo do horizonte, como se o sol fosse
devagarinho morrer a oriente, de onde vem a esperança verde de todos os sonhos
que crescem na planície e enchem os leitos dos rios que se precipitam das
montanhas.
A noite farta e
transbordante de lua cheia, grávida de uma luz brilhante num qualquer azimute
oculto para além das nuvens densas, ameaçando desfazer-se em constelações, as
estrelas geometricamente ocupando o lugar que lhes pertence. Cassiopeia, ursa
menor, estrela polar, o norte magnético logo ali à mão de semear, as bússolas
convergindo todas para além do círculo polar árctico, um arco-íris, a aurora
boreal, o dia estendendo-se pela madrugada, a tua silhueta no meu caminho.
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