Uma pedra como se fosse vida
Uma pedra como se fosse vida.
Rolando pela encosta do caminho, repousando à beira das águas do lago, espelho
da hora vespertina. O amarelo das mimosas debruçando-se sobre o reflexo da
tarde, pelos meados de Fevereiro. Os botões das magnólias crescendo na nudez
dos ramos, esperando pelo parto vindo de oriente. Imagem jovem de mulher
enchendo as margens. Viçosa como ervas verdes, apetitosa como as cerejas amadurecendo
pelos fins de Maio. O sorriso aberto na carinhosa mão que as colhe e as
deposita no vime de que se fez o cesto.
A cereja, a que nem a forma
falta para ser amor, a cor convicta na delicadeza com que se fez vermelha entre
a folhagem. Perfume de mulher ao cimo da escada.
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