Dia de África
Dia de África, hoje. Como se
um dia chegasse para a conhecer, para a respeitar, para a entender. Como disse
Albert Camus, um argelino de nascença, em África o mar e o sol são de graça. E
é preciso pisar sua terra vermelha, sentir seus cheiros, saborear suas frutas,
chapinhar suas águas da chuva, percorrer seus caminhos, saber suas distâncias,
ouvir suas línguas, ver seus dias iguais, seus amanheceres, seus fins de tarde
para saber isso.
África é sortilégio. Música,
melodia, ritmo de nomes. Sombra de mulemba, peixe de rio, savana, anhara. Kameia,
terras do fim do mundo, corrente do kubango a morrer no deserto, delta do okavango.
Quimbele, songo, quitexe, caxito, cacuso, mussende, calulo, chinguar. Camacupa, bailundo, caluquembe, menongue, mavinga,
cuvelai, namacunde, benguela, malanje.
E ainda o vicanjo que eu lembro,
no mato, com uma mulemba no meio do nome: Xamissassa. Xamissassa é um nome com
todas as músicas, e todas as melodias e todos os ritmos. Com os mais velhos
sentados na sombra dela, falando suas falas, rindo seus risos, dormindo seus
sonos, sonhando seus sonhos. Porque Xamissassa sonha. Como África sonha. Todos
os dias!
1 Comentários:
É bem para falar possitivo sobre a África . Aquele Continente é mais que miséria são povos que vivem intensos .
Bjs
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