10 de dezembro de 2022

Declaração universal dos direitos humanos

 

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma manifestação de intenções, sem força jurídica, foi proclamada pelas Nações Unidas a 10 de Dezembro de 1948, celebrando hoje 74 anos. Na respectiva assembleia geral foi aprovada por 48 votos a favor e 8 abstenções não contando, mesmo como simples manifestação de intenções, com o apoio unânime dos países membros.

Todos estes anos depois nem a declaração colheu a unanimidade nem a sua observância se generalizou a todos os recantos do planeta Terra. Ser hoje o documento mais traduzido do mundo, em mais de 500 línguas, não chegou para que obtivesse o respeito universal.



Vamos buscar-lhe apenas o artigo 1º.:

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

Formulemos a propósito algumas questões linearmente simples.

·       Nascem livres as crianças que, no nosso país, não têm um lar, um agasalho, um cuidado de saúde ou uma escola?

·       São as crianças das margens periféricas iguais às suas compatriotas, nascidas na abastança de meios e de privilégios, com ou sem consciência disso?

·       Agem todos com aquele espírito de digna fraternidade que lhes garanta alimentação, saúde, educação e direitos iguais?

As respostas temo-las todas no vazio do debate político quotidiano, no nosso dia a dia, sem propósitos e sem propostas de fraternidade. Apenas alimentado pela ambição de mando e de poder e sem o mínimo arejo de simples dignidade.

 


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