24 de maio de 2004

Então essa coisa ainda mexe?

Com atraso, por termos estado ausentes, acabamos a saber que Alberto João se deslocou à potência colonizadora, para participar no conclave do partido colonialista por quem o seu coração palpita, essencialmente a pretexto de haver sardinhas, pimentos e verde tinto à tigela, daquele que emporcalha toalhas de mesa, guardanapos e beiços anémicos.

Para botar discurso e dizer que, afinal, a União Nacional andava a passear-se por aí, atenta, veneranda e obrigada. De modo corporativo e colonial, deitando o canto do olho para as imensas riquezas naturais da Madeira e das Desertas, especialmente as bananas e o petróleo.
Embasbacamo-nos! Então não tinha sido já o Marcelo Caetano a acabar-lhe com a identidade? Perfilhando-a com um nome novo e mandando-a a aprender o mesmo catecismo, embora com diferentes catequistas.

O Alberto João que, pelos vistos, disse e partiu. Para estar no dia seguinte à saída das missas a comprar votos, a copo de poncha e a bolo de caco. Mas parece estar equivocado, o que surpreende, com aquela cabeça e aquela memória. Ele não quereria referir-se, ao menos, à Acção Nacional Popular, muito mais moderna, embora provinciana, presumivelmente também já extinta? Se o não estiver, é preciso acabar com a hidra. Chamar à acção esse Hércules acabado de recauchutar sem ninguém que tivesse tido a coragem de descer à arena e enfrentá-lo. Para que uma a uma lhe decapite todas as cabeças, lhas esmague, lhes ponha triunfalmente em cima o sapato tamanho 45. Porque quem avisa…

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