Santana Lopes, o homem orquestra
Naquilo
que é público Pedro Santa Lopes é homem de múltiplas competências e inúmeras
mulheres. Para além de ser figura destacada do “jet set” da linha do Estoril e
dos Olivais. A sua sabedoria suplanta todas as páginas da mais completa
enciclopédia, incluindo o índice e a bibliografia. Bem como a capacidade do
disco rígido de maior volume. É íntimo das mais conhecidas celebridades, desde
Lili Caneças e José Castelo Branco aos diversos concorrentes da Casa dos
Segredos e programas culturais semelhantes.
Mais
do que a troika e o ainda governo do senhor Coelho mandam hoje, ele é
polivalente desde sempre. O que injustamente chegou a ser pretexto para lhe
inventarem promiscuidades diversas e outras badalhoquices. Houve quem não entendesse
como legítima e transparente a relação entre as virtualidades do futebol
nacional e o cargo de primeiro-ministro. Sendo que o primeiro continua a ter
como referência um conhecido militar na reforma que levou um histórico clube do
Porto a envergar as faixas de campeão e a descer ao nível dos simpáticos e
respeitáveis Passarinhos da Ribeira. E, quanto ao segundo, lucidamente Pedro
quase tinha tempo, e dinheiro do contribuinte, para fazer de São Bento uma casa
de meninas que, aliás, tem sido desde sempre frequentado pelos respetivos
filhos.
Ainda
estão por inventar os instrumentos indicados para lhe avaliar as capacidades de
trabalho, mesmo que ele próprio assegure que os seus dias têm apenas 24 horas e
que os anos bissextos ocorrem quando se disputam os jogos olímpicos. Nem se
sabe mesmo se um piloto de automóveis nas horas vagas, de arcaico apelido Paes,
lhe levará a dianteira nas dezenas de empresas que sábia e superiormente
administra. De facto Santana é advogado, sabe onde é o Campus da Justiça e o tribunal
da porcalhota, ouviu falar no código civil e no processo da Casa Pia, apenas
tem cobrado menores honorários do que o seu amigo Duarte Lima. Com a mesma
competência foi presidente do Sporting, o ajudou a atingir o desafogo
financeiro que hoje se lhe conhece e regularmente foi colunista remunerado do
jornal A Bola. Enquanto visitava o balneário, dava palmadas nas costas dos
jogadores, excluindo Sá Pinto, e insultava os árbitros. Porque um homem pode
ser educado e respeitador, mas não é de pau!
Como
actual provedor da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, cargo para que foi
nomeado por exames idênticos aos que levaram Relvas a ministro, acumula com um
programa num canal privado de televisão. Onde um dia destes se “passou” com
Fernando Rosas. Porque um homem pode ser educado e respeitador, mas não é de
pau!
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