O marketing surrealista
O
título podia encabeçar um manifesto de António Maria Lisboa, um poema de Mário
Cesariny, um conto de Luiz Pacheco. Mas não é nada disso, embora possa parecê
lo. Não é sequer criação de nenhum politólogo ou axioma da exata ciência
política, nem tão pouco obra de nenhum marqueteiro.
É
apenas, neste caso concreto, o procedimento de um genuíno e transmontano “call
center” da PT numa ação junto dos ainda possuidores de telefone fixo. Contra o
que é hábito a chamada é feita com o número que liga a ser exibido no telefone
de destino.
Depois
a pergunta absurda e surrealista pela qual, logicamente, o operador do muito
transmontano “call center”, não tem a mínima responsabilidade: está a fazer
aquilo que lhe mandaram, a troco de um salário precário e miserável. Daqui é da
PT, fala F... e queríamos saber se o seu telefone é da PT. Não contive a
gargalhada espontânea e longa e deixei escapar o comentário: “não posso crer”.
Porque
não cabe em nenhuma cabeça de cebola – com desculpas à cebola! – que a PT,
pagando provavelmente o salário mínimo aos operadores do muito transmontano
“call center”, e uns milhões ao mestre da filarmónica, telefone seja para onde
for a perguntar quem são os seus clientes. A não ser que façam de cada um deles
um perfeito débil mental. O que também nos dias que correm não admira
literalmente nada...
E
assim sendo, não respondi. Embora esclarecendo o operador que a atitude só
tinha a ver com a PT e os seus procedimentos...
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial