Assembleia nacional celebra o 25 de Novembro
No circo de São Bento alguns senhores deputados reúnem-se hoje com as gratas memórias que têm dos falecidos Marcelo Caetano, António Salazar e conselheiro Albino dos Reis, para celebrar o 28 de Maio, o 25 de Novembro, o 29 de Setembro, o 11 de Março e, em última instância, o 24 de Abril.
Assinale-se que, do moderado grupo dos nove, encabeçado pelo saudoso Ernesto Melo Antunes, não estará presente nenhum dos sobreviventes nem a memória de nenhum dos falecidos. Facto que demonstra a isenção patriótica da coisa a que o mediático inquilino de Belém dará face para a fotografia da ordem.
Seria
bom que os senhores deputados se lembrassem que lá foram postos pelos
portugueses, que são estes que lhes pagam – mesmo que não sejam os portugueses a
definir-lhes as remunerações – e que deveriam entregar-se ao trabalho em seu
benefício. Procurando soluções para a caótica crise da habitação, para o
funcionamento regular e atempado da justiça e das escolas e para o acolhimento
das novas gerações que se vão formando sem perspetivas de presente e de futuro.
Prevê-se
que, terminada a cerimónia, o supremo ministro da defesa encabece a coluna
militar que marchará para além de Elvas, a resgatar Olivença do feroz e
sufocante domínio castelhano.